Mariana Canet
Mariana Canet (1983), iniciou sua carreira trabalhando em marketing, mas felizmente, decidiu ir atrás de seu sonho, a fotografia. Após uma fase inicial de fotografias documentais tiradas no sudeste asiático, Mariana percebeu que fotografar o abstrato, o indefinido e o ilimitado era sua paixão verdadeira.
A primeira exposição de Mariana foi a mostra de retratos "A Face Fala" (2010), que embora tenha sido um grande sucesso - com exposições em mais de cinco localidades no Brasil -, a série estava mais próxima de uma experimentação inicial da fotografia do que a descoberta de sua verdadeira expressão artística. Com o sucesso da primeira exposição, a fotógrafa decidiu partir para Londres, para estudar sobre fotografia Fine Art.
Depois de algum tempo na Inglaterra, teve sua primeira oportunidade em uma galeria de Notting Hill, e foi assim que em 2012, Mariana criou a exposição “Reflexos”. Ao contrário de sua primeira mostra, que era muito mais figurativa, “Reflexos” mergulhou fundo na abstração, complementando as fotografias com instalações de espelhos e formas geométricas, criando uma verdadeira experiência imersiva. Esta exposição mais tarde veio ao Brasil, recebida no Museu Oscar Niemeyer em 2014, e também deu origem ao primeiro livro da artista, intitulado “Reflexos”.
Sua segunda coleção, “Abstrato”, surgiu do incômodo com objetos descartados na rua e espaços públicos. Sem saber o destino destas coisas - metais, tintas, madeiras, papéis -, Mariana começou uma busca por significado nestes materiais e na transformação da matéria em si, pois via o uso e o envelhecimento sinais de desconstrução e reconstrução, e logo sua teoria se tornou prática. As fotografias deram origem à exposição “Limite do Concreto”, realizada no Museu Guido Viaro em 2018, que explorava uma das subdivisões do seu livro “Abstrato”, composto também pelas coleções “Céu de Pedras” e “O Branco”, lançado um ano antes.
Em “Natureza”, Mariana volta para sua essência natural. A coleção baseada em folhas, caules e rochas foi exibida em Madri (2017) e Londres (2015), e uniu o registro fotográfico da natureza brasileira ao café, famoso produto de exportação do país, ao utilizar sacas de juta como suporte para as fotos. Mais do que apenas uma solução engenhosa para o transporte das obras, as jutas de café também trazem a nostalgia da infância da fotógrafa, criada nas mesmas fazendas que não só produziam o café contido nas sacas, mas cujo ambiente também forneceu a diversos elementos para compor a série fotográfica em questão. Finalmente, as fotografias foram compiladas no terceiro livro de Mariana, “Natureza”, lançado em 2023.
Por fim, “Trilhos” (2019) surge entre as fases “Abstrato” e “Natureza”, quando Mariana recebe o desafio de fotografar trens como o elemento principal de uma coleção. Ao explorar os trilhos, ela percebe que o trem e a estrada de ferro são uma metáfora da vida. Para ilustrar este conceito, ela divide o livro em 4 capítulos, que vão do 3 ao 0, contando a história de uma vida através de fotografias e montagens fotográficas, indo do agora - seja da vida do leitor ou da jornada pelos trilhos -, até o começo do caminho, representado pelo movimento, o impulso inicial que move todos nós em direção ao futuro.
Currículo
Formação
2011 – Alternative Photographic Process - University of Arts, Central St. Martins, Londres, Reino Unido
2011 – Creative Digital Photography - University of Arts, Central St. Martins, Londres, Reino Unido
2010 – Fotografia - Centro Europeu, Curitiba, Brasil
2006 – Marketing, M.A. - EAE Business School, Barcelona, Espanha
2004 – Administração, B.A. - Universidade Positivo, Curitiba, Brasil
Exposições Principais
2022 – Natureza, Museu da Fotografia - Curitiba
2019 – Bienal de Curitiba em Brasília, Palácio Itamaraty, Brasília (Coletiva)
2019 – As fronteiras entre pintura e fotografia, Bienal de Curitiba - Solar do Rosário, Curitiba (Coletiva)
2019 – Trilhos - Museu Guido Viaro, Curitiba
2018 – Abstrato - O Limite do Concreto, Museu Guido Viaro, Curitiba
2017 – Natureza - Casa do Brasil, Madri, Espanha
2015 – Reflexos - Bienal Internacional de Curitiba, Munespi, Curitiba
2015 – Natureza - Gallery 32, Embaixada Brasileira, Londres
2015 – Being and Having - Hotel Guarda Golf, Crans-Montana, Suíça
2015 – Being and Having - Mostra Privada, Montreux, Suíça
2014 – Reflexos - Museu Oscar Niemeyer, Curitiba
2014 – Natureza e o Tempo - Galeria Zilda Fraletti, Curitiba
2013 – Reflexos - Museu Alfredo Andersen, Curitiba
2013 – Abstrato - Salão de Outono Paris-São Paulo, São Paulo (Coletiva)
2012 – Reflexos - Espacio Gallery, Londres (Coletiva)
2012 – Reflexos - Debut Contemporary Gallery, Londres
2010 – A Face Fala - Centro Europeu, Shopping Crystal, Un. Positivo, Curitiba, Joinville e Ponta Grossa
* As exposições não especificadas como coletivas foram individuais.
Exposições complementares
ABRIL 2015 Coletiva
Obras Movimento e o Tempo
Salão de Outono Paris-São Paulo, Galeria Marta Traba, São Paulo
MARÇO 2013 Coletiva
Little Treasures
Galleria dé Marchi – Bologna, Itália
FEVEREIRO 2011 Coletiva
Exposição Mário Quintana
Café Quintana – Curitiba, Brasil
NOVEMBRO 2010
Coleções Coletiva
San Remo Art Week – Curitiba, Brasil
DEZEMBRO 2010 Coletiva
Exposição Número 3
Centro Europeu – Curitiba, Brasil
Publicações, prêmios e eventos
2023 – Publicação do livro "Natureza", 203 páginas, pela Lei Rouanet
2019 – Publicação do livro "Trilhos", 112 páginas
2017 – Publicação do livro "Abstrato", 204 páginas, pela Lei Rouanet
2016 – Obras da artista na criação “Tubino Nero” de Nádia Calzolari, lançamento na Kraft Home Store
2016 – Obras da artista na campanha “Dia das Mães” do Shopping Novo Batel
2015 – Ambiente Mostra Artefacto inspirado na artista por Luciana Patrão e Sérgio Valiatti Jr
2014 – Publicação do livro “Reflexos”, 150 páginas, pela Lei Rouanet
2014 – Participação na publicação International Contemporary Masters Volume VII
2014 – Participação na publicação Art Takes Miami & One Life
2013 – Prêmio Salão Graciosa de Artes Plásticas
2012 – Prêmio Centro Europeu